Durga, a guardiã protetora sempre atenta, tanto feroz como no amor. É a deusa hindu protetora da lei e da ordem, e a destruidora do mal. Figura retirada do site www.vanadurga.org/news.htm.
"Onde foi exatamente que larguei,
Naquele dia, mesmo,
O leão que sempre cavalguei?"
(Inverno, de Adriana Calcanhotto)
O que faz uma pessoa transmutar-se em outra? Sem querer, sem saber... E sem poder evitar? E o pior: continuar sendo ela mesma? Confuso, né? Demais. Mas é exatamente o que sinto depois dessa minha última paixão.
Sou expert em amores à primeira vista. Acontece de vez em quando. Estou em algum lugar, pensando em qualquer coisa, menos nisso e, de repente, "bato o olho" em alguém. E, durante algum tempo, esse alguém não me sai da cabeça. Uma vez, quando tinha uns 14 anos, aconteceu. Ele era a cara do Brad Pitt. Com uns traços mais suaves. O cara era lindo! E bem mais velho do que eu. Isso foi numas férias, em Itacaré, bati o olho no cara, apaixonei. Não sei o nome, não sei nada, mas passei um bom tempo pensando nele. Louco? Estranho? Mas acontece.
Dessa última vez, preferia que fosse menos sério. Já tinha visto o cara antes, mas não lembrava. E, da vez que eu achava ser a primeira que o via, bati o olho nele e, caraca, olha lá eu me apaixonando de novo. Do nada. Mais uma vez, não sabia nome, nem nada. Mas tinha conhecidos em comum. E comecei a decifrar este mistério. Dava um jeitinho de perguntar a todos quem era, sem dar pinta. Fui construindo uma imagem. Era da mesma faculdade e, no semestre seguinte, peguei matéria com o dito-cujo (acreditem, sem saber). E fui juntando as peças do quebra-cabeça. Já sabia alguma coisa a respeito, a essa altura do campeonato.
Alguns meses depois, a gente acabou ficando algumas vezes, nada sério. Não durou. Nem esqueci. Eu lembro que fazia uma imagem totalmente diferente do que ele é. Achava que ia ser assim mesmo, e que quando o conhecesse melhor, seria pior do que eu pensava. Não era. Era melhor. E eu gostei mais ainda. E certas coisas que eu nunca gostei em um cara, ele tinha. E eu gostava. Aliás, ainda gosto. Só nele.
"Faço longas cartas pra ninguém
e o inverno (...) é quase glacial."
Chove. Mas isso não me deixa melancólica. Passei dessa fase. E, confesso, escrever está me fazendo muito bem. É um desabafo. Mesmo que ninguém o leia.
Gosto, admito. Talvez até ame. Mas não posso ter. E não é igual àquela sensação de querer uma bolsa, um sapato, um carro e não poder ter. Porque essas coisas não mudam tanto a vida. Nem suas idéias. Muita coisa na minha vida mudou desde então. Passei a encarar as coisas de forma diferente. Esperança, terei enquanto não conseguir. Mas vou vivendo. E repetindo que, mesmo sem saber, ele me trouxe muitas coisas boas.
"Lá mesmo esqueci que o destino
Sempre me quis só,
No deserto, sem saudade, sem remorso, só,
Sem amarras, barco embriagado ao mar..."
"Onde foi exatamente que larguei,
Naquele dia, mesmo,
O leão que sempre cavalguei?"
(Inverno, de Adriana Calcanhotto)
O que faz uma pessoa transmutar-se em outra? Sem querer, sem saber... E sem poder evitar? E o pior: continuar sendo ela mesma? Confuso, né? Demais. Mas é exatamente o que sinto depois dessa minha última paixão.
Sou expert em amores à primeira vista. Acontece de vez em quando. Estou em algum lugar, pensando em qualquer coisa, menos nisso e, de repente, "bato o olho" em alguém. E, durante algum tempo, esse alguém não me sai da cabeça. Uma vez, quando tinha uns 14 anos, aconteceu. Ele era a cara do Brad Pitt. Com uns traços mais suaves. O cara era lindo! E bem mais velho do que eu. Isso foi numas férias, em Itacaré, bati o olho no cara, apaixonei. Não sei o nome, não sei nada, mas passei um bom tempo pensando nele. Louco? Estranho? Mas acontece.
Dessa última vez, preferia que fosse menos sério. Já tinha visto o cara antes, mas não lembrava. E, da vez que eu achava ser a primeira que o via, bati o olho nele e, caraca, olha lá eu me apaixonando de novo. Do nada. Mais uma vez, não sabia nome, nem nada. Mas tinha conhecidos em comum. E comecei a decifrar este mistério. Dava um jeitinho de perguntar a todos quem era, sem dar pinta. Fui construindo uma imagem. Era da mesma faculdade e, no semestre seguinte, peguei matéria com o dito-cujo (acreditem, sem saber). E fui juntando as peças do quebra-cabeça. Já sabia alguma coisa a respeito, a essa altura do campeonato.
Alguns meses depois, a gente acabou ficando algumas vezes, nada sério. Não durou. Nem esqueci. Eu lembro que fazia uma imagem totalmente diferente do que ele é. Achava que ia ser assim mesmo, e que quando o conhecesse melhor, seria pior do que eu pensava. Não era. Era melhor. E eu gostei mais ainda. E certas coisas que eu nunca gostei em um cara, ele tinha. E eu gostava. Aliás, ainda gosto. Só nele.
"Faço longas cartas pra ninguém
e o inverno (...) é quase glacial."
Chove. Mas isso não me deixa melancólica. Passei dessa fase. E, confesso, escrever está me fazendo muito bem. É um desabafo. Mesmo que ninguém o leia.
Gosto, admito. Talvez até ame. Mas não posso ter. E não é igual àquela sensação de querer uma bolsa, um sapato, um carro e não poder ter. Porque essas coisas não mudam tanto a vida. Nem suas idéias. Muita coisa na minha vida mudou desde então. Passei a encarar as coisas de forma diferente. Esperança, terei enquanto não conseguir. Mas vou vivendo. E repetindo que, mesmo sem saber, ele me trouxe muitas coisas boas.
"Lá mesmo esqueci que o destino
Sempre me quis só,
No deserto, sem saudade, sem remorso, só,
Sem amarras, barco embriagado ao mar..."
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