27.2.08

Nevermore

Corvo, por Edoardo (gbdemiurgo no deviantART)

"Na verdade, jamais homem há visto
Coisa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta,
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este é o seu nome: "Nunca mais."

(O Corvo, de Edgard Allan Poe)


Consegui um "nunca mais" há muito desejado. Da forma que eu desejava, livre, espontâneo, desencanado. E isso é uma parte significativa da minha felicidade agora, um sinal concreto de que as coisas estão mudando. Pra melhor, acredito. Aliás, só pode ser pra melhor - pra pior, nunca mais.

Assim como nunca mais vou deixar a vida me atropelar e seguir sem satisfações, nunca mais perderei oportunidades por desatenção, e pretendo nunca mais deixar que o sutil equilíbrio do cotidiano seja ameaçado.

Nunca mais darei demasiado valor àqueles que não o fazem por mim, assim como nunca mais negligenciarei o amor daqueles que me amam, nem as questões práticas da vida.

Continuo não dizendo nunca, por acreditar que é uma palavrinha abusada e do contra, sempre em busca da prova de que você não é infalível, mas seguirei com os meus "nunca mais", assumindo claramente o que já fiz e não repetirei.

Nunca mais.

3 comentários:

Unknown disse...

Amem amiga!!
Bejos

Unknown disse...

vc nunca ouvio o ditado :
Nunca diga Nunca ?

Bela disse...

E eu nunca digo nunca mesmo, pq eu sempre pago minha língua!

Mas o "Nunca Mais", o famoso nevermore, tem uma mística diferente... Ele não é como o Nunca, que nega antes de saber: ele é a experiência que você já teve e não vai repetir :)