12.7.08
(...)
Caçador de Borboletas
"Nem quero ser estanque / Como quem constrói estradas e não anda..." (Zeca Baleiro)
Mais uma madrugada inspirada...
Todos dormem, e as idéias fluem, soltas pelo ar,
se encontrando, se fundindo...
E eu,
tal qual caçador de borboletas,
apanhando-as em pleno vôo.
(Bela Almeida)
14.5.08
Casa da Dor
9.3.08
Intensidade
Perder a noção do que é ter a noção do perder"
(Admiração, de Moska)
Pois bem. Agora, essa diferenciação para mim se baseia na vivacidade. Perspicácia, também, mas sobretudo vivacidade, essa coisa que assusta e ao mesmo tempo encanta, que nos faz ter medo de perder a razão, de tão contagiante e avassaladora.
Ter controle na vida é importante, mas é preciso ter momentos de descontrole para não dar espaço à monotonia, para deixar as coisas mais equilibradas. Intensidade... É isso, eu preciso, agora mais do que nunca, de intensidade na minha vida! Fora às pessoas plácidas, acomodadas, blasées!
5.3.08
(Trechinho do Rubáiyát)
por modelos as flores
do campo, cujo rosto parece
o de um ídolo chinês,
saberás acaso que o teu
olhar de veludo fez o rei
da Babilônia igual ao
bispo do jogo de xadrez
que foge da rainha?..."
27.2.08
Nevermore
Coisa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta,
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este é o seu nome: "Nunca mais."
(O Corvo, de Edgard Allan Poe)
Consegui um "nunca mais" há muito desejado. Da forma que eu desejava, livre, espontâneo, desencanado. E isso é uma parte significativa da minha felicidade agora, um sinal concreto de que as coisas estão mudando. Pra melhor, acredito. Aliás, só pode ser pra melhor - pra pior, nunca mais.
Assim como nunca mais vou deixar a vida me atropelar e seguir sem satisfações, nunca mais perderei oportunidades por desatenção, e pretendo nunca mais deixar que o sutil equilíbrio do cotidiano seja ameaçado.
Nunca mais darei demasiado valor àqueles que não o fazem por mim, assim como nunca mais negligenciarei o amor daqueles que me amam, nem as questões práticas da vida.
Continuo não dizendo nunca, por acreditar que é uma palavrinha abusada e do contra, sempre em busca da prova de que você não é infalível, mas seguirei com os meus "nunca mais", assumindo claramente o que já fiz e não repetirei.
Nunca mais.