Coisa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta,
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este é o seu nome: "Nunca mais."
(O Corvo, de Edgard Allan Poe)
Consegui um "nunca mais" há muito desejado. Da forma que eu desejava, livre, espontâneo, desencanado. E isso é uma parte significativa da minha felicidade agora, um sinal concreto de que as coisas estão mudando. Pra melhor, acredito. Aliás, só pode ser pra melhor - pra pior, nunca mais.
Assim como nunca mais vou deixar a vida me atropelar e seguir sem satisfações, nunca mais perderei oportunidades por desatenção, e pretendo nunca mais deixar que o sutil equilíbrio do cotidiano seja ameaçado.
Nunca mais darei demasiado valor àqueles que não o fazem por mim, assim como nunca mais negligenciarei o amor daqueles que me amam, nem as questões práticas da vida.
Continuo não dizendo nunca, por acreditar que é uma palavrinha abusada e do contra, sempre em busca da prova de que você não é infalível, mas seguirei com os meus "nunca mais", assumindo claramente o que já fiz e não repetirei.
Nunca mais.